Dormindo com o inimigo, a maioria dessas mulheres é agredida de forma covarde por seu próprio companheiro. Seus agressores fazem isso de diversas maneiras, ou seja, começa com palavras fortes - essa é a chamada agressão verbal. Em seguida, partem para um empurrão, um puxão de cabelo e, logo, para socos, pontapés. E, por fim, ameaças de morte e muitas vezes, assassinato.
Especialistas no assunto, afirmam que, a raiz da violência contra as mulheres é uma questão de cultura e está no machismo de nossa sociedade, que estabelece papel diferencial para cada gênero.
Este machismo na cabeça do 'dito cujo', faz com que ele encare sua companheira como sua propriedade e se ela não aceita, ele acaba usando da violência para mostrar sua força, o seu poder de macho, instituindo na intimidade do seu âmbito familiar, um território próprio e, estabelecendo assim, suas próprias leis, doa a quem doer.
A violência afeta mulheres de todas as faixas etárias e em todas as camadas sociais. Apesar das pesquisas indicarem que a maioria das agressões contra a mulher vem de classes sociais mais baixas, há casos também na classe alta, só que é de forma mais leve.
Este tipo de crime deixa cicatrizes não só no corpo, mas também na alma. Em 2005, uma pesquisa realizada no Ceará pela Universidade Federal, constatou que a violência doméstica provoca depressão em 72% das vítimas. Os dados dessa pesquisa também demonstraram que 39% das mulheres entrevistas, vítimas de violência doméstica, tentaram o suicídio.